Final do 4º Grand Prix Autoral Brasil: Um Espetáculo de Novos Talentos

A cena do rock autoral brasileiro vive e respira! Na final do 4º Grand Prix Autoral Brasil, as bandas Losermind, Liberta, Drena, Venice Vamps e Alexia mostraram que o som independente do país está mais vivo do que nunca. O evento, realizado na lendária House of Legends, em São Paulo, trouxe muita energia, som pesado e performances que conquistaram o público e fortaleceram ainda mais a cena autoral.

No palco, guitarras distorcidas, baterias firmes e vocalizações intensas agitaram os presentes, enquanto os artistas expressaram suas trajetórias, influências e a importância da união entre os músicos. Vamos conferir como foi essa final eletrizante.

A Jornada até a Final

O Grand Prix Autoral Brasil não é apenas uma competição musical, mas também uma grande celebração do movimento autoral. O evento recebeu inscrições de mais de 800 bandas, vindas de diferentes partes do país. Depois de várias eliminatórias, apenas cinco grupos chegaram à grande final: Losermind, Liberta, Drena, Venice Vamps e Alexia.

Cada uma das bandas trouxe sua essência única ao palco. Essa competição foi uma oportunidade não só para mostrar o talento de novos músicos, mas também para criar laços e fortalecer o cenário independente no Brasil.

A Energia do Palco

A final do Grand Prix foi marcada por apresentações ao vivo de alta intensidade, que incendiaram o House of Legends. Cada banda trouxe toda sua garra e paixão pela música, com estilos variando do pop punk ao rock alternativo, mostrando a diversidade do som autoral brasileiro.

Losermind - De São Paulo e Com Alma Californiana

Diretamente de São Paulo, a Losermind iniciou sua trajetória em 2019, com influências do pop punk californiano e uma pegada bem skate rock. O vocalista Nando compartilhou a história da banda, que começou na Califórnia e foi retomada após sua volta ao Brasil durante a pandemia. Ele contou sobre a criação do disco “Hunted House” e como recrutou seus amigos de infância para dar vida ao projeto.

A apresentação foi marcada por pura adrenalina e, claro, muita atitude punk — incluindo a quebra de instrumentos no palco, para delírio do público.

Liberta - O Novo Rock Nacional

A banda Liberta, que começou em 2022 e já se destacou na cena autoral, trouxe uma mistura de rock com forte identidade. Liderada por Nito, a banda destacou a importância do festival para fazer novas conexões e amizade. Nito ressaltou o quanto a cena de rock ainda é resistente, mesmo não sendo mainstream.

Em suas palavras, “o rock pode não ser o estilo mais popular, mas conta com uma base fiel de fãs, o que mantém a chama acesa”.

Drenna - Energia Carioca no Palco

Vindos do Rio de Janeiro, a Drenna surpreendeu com uma performance cheia de energia. A banda, que já havia se apresentado em São Paulo antes, destacou como a competição foi uma oportunidade de união entre artistas de diferentes regiões. “A gente veio aqui fazer amizade, conhecer bandas novas e mostrar a nossa verdade”, comentou um dos integrantes. A vibe da cena carioca e paulistana unida fortaleceu a ideia de que o rock só cresce quando há cooperação entre os artistas.

Venice Vamps - Extravagância e Originalidade

Se houve uma banda que chamou atenção pelo visual e originalidade, essa foi a Venice Vamps. Com uma mistura única de rock alternativo e figurinos extravagantes inspirados no Carnaval de Veneza, eles não apenas tocaram música, mas encenaram uma verdadeira performance no palco. Os integrantes da banda trouxeram não só um som autêntico, mas também uma estética poderosa, o que ajudou a destacar ainda mais sua presença durante o evento.

Vicenza, a vocalista, comentou sobre a trajetória da banda: “A gente gosta de manter esse visual extravagante para trazer algo diferente e cultural para o nosso som, que ainda está em evolução, caracterizando o rock alternativo que exploramos.”

Alexia - Do interior de São Paulo para o mundo.

A banda Alexia, originária do interior de São Paulo, se destaca por sua fusão de rock e elementos pop, apresentando letras que refletem experiências pessoais e sociais. Com um som autêntico e enérgico, eles conquistam um público crescente. O grupo valoriza a interação com os fãs, promovendo shows vibrantes e envolventes. Com uma proposta musical inovadora, a banda Alexia se posiciona como uma nova força na cena musical brasileira, contribuindo para a diversidade cultural do país.

Refletindo Sobre o Autoral no Brasil

O Autoral Brasil é mais que uma competição — é uma plataforma essencial para bandas emergentes no cenário musical. O evento veio para provar que há um espaço crescente para o som autoral no país e que o público está pronto para recebê-lo.

Vani, da Kiss FM, uma das juradas da competição, exaltou a qualidade das bandas e a importância de dar visibilidade ao rock nacional. “As bandas têm muito potencial, são profissionais e estão prontas para tocar nas rádios e conquistar o público pelo Brasil e pelo mundo”, reforçou Vani.

Outro destaque da noite foi o depoimento dos proprietários da House of Legends, Henrique e Vitória. Eles compartilharam sua satisfação com o crescimento do evento e o impacto positivo que proporcionam ao dar espaço e apoio ao som autoral. A casa continua mantendo firme sua proposta de ser um ponto de encontro para músicos e público que apreciam a música independente.

E o Grande Vencedor Foi...

Depois de toda a música, suor e adrenalina, o grande prêmio foi dividido. A banda Drenna, que alcançou o coração dos jurados pela sua entrega no palco, voltou para o Rio de Janeiro com o prêmio principal. Mas a banda Venice Vamps, com sua originalidade e show incrível, encantou o público e levou o prêmio por votação popular.

As duas bandas saíram vitoriosas, representando a força do rock autoral brasileiro para além dos palcos, movendo as pessoas com sua arte.

O Futuro do Autoral Brasileiro

Com o sucesso da quarta edição do Grand Prix, o futuro do som autoral no Brasil parece cada vez mais promissor. A organização já sinalizou que deseja expandir o evento para outras regiões, realizando eliminatórias em diferentes estados e unificando mais vozes do rock nacional.

O evento não só dá visibilidade às bandas, mas também incentiva a profissionalização, oferecendo oportunidades reais para emergir no meio musical. Como bem disse Rafa, da Valt Music, “o importante é que essas bandas saiam daqui profissionalizadas e com oportunidades de crescer”.

Conclusão

O 4º Grand Prix Autoral Brasil foi uma verdadeira celebração da música brasileira, mostrando que o som autoral tem espaço e, mais do que isso, tem força. Com bandas talentosas, performances marcantes e uma energia única, o evento se consolidou como uma plataforma essencial para novas vozes no rock.

O Grand Prix foi mais do que uma competição; ele mostrou que o futuro do rock nacional está nas mãos dessas bandas incríveis, prontas para levar a música autoral a novos patamares.

O rock nacional vive, e ele está mais forte do que nunca!

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