Celso Pixinga: Do Rock ao Baião Slap, Uma Lenda no IS WE Podcast
Celso Pixinga, um nome que ressoa nos ouvidos de qualquer baixista brasileiro. Conhecido pela sua técnica inovadora de slap, Pixinga é um verdadeiro mestre do contrabaixo. Recentemente, ele compartilhou sua trajetória fascinante no IS WE Podcast comandado por Guilherme III. Prepare-se para mergulhar na história de um músico que desafiou convenções e elevou o slap a um novo patamar.
Dos Primeiros Acordes no Piano aos Sonhos de Ser Hendrix
Uma Infância Musical
A paixão pela música corre nas veias de Pixinga. Seu pai, um talentoso cavaquinista, o influenciou desde cedo. A mãe, por sua vez, trabalhava na Rádio Excelsior, hoje conhecida como Globo (https://www.globo.com/). Imagine crescer nesse ambiente, respirando música o tempo todo!

Aos sete anos, Pixinga iniciou seus estudos de piano clássico. Foram sete anos dedicados ao instrumento, mas o futuro o reservava outras paixões.
Dos Primeiros Acordes no Piano aos Sonhos de Ser Hendrix
A Fase Rockstar
A adolescência trouxe novas influências: o rock! Woodstock, The Beatles e Jimi Hendrix incendiaram a alma do jovem Pixinga. Ele trocou o piano pela guitarra e sonhava em se tornar um astro do rock. Mas o destino tinha outros planos.

A Revelação do Contrabaixo: Um Encontro Acidental
A Intervenção do Pai
O sonho de ser rockstar não se concretizava e o pai de Pixinga já começava a se desesperar. Foi então que ele, amigo de Eduardo Araújo, pediu ajuda ao cantor.
Eduardo sugeriu que Pixinga tocasse baixo e lhe emprestou um Fender. A princípio, Pixinga teve dificuldades. Aprendeu a tocar com os dedos, em vez de palheta. Logo, foi jogado em uma turnê com Eduardo Araújo, mesmo sendo um completo novato.
“Foi um caos!”, relembra Pixinga. Mas, apesar dos percalços, ele ganhou um bom dinheiro e descobriu uma nova paixão: o contrabaixo.
A Turnê do Perrengue e o Ano de Estudo Intenso
Uma Provação de Fogo
A primeira turnê foi uma experiência caótica. Baixo desafinado, entradas erradas e muita confusão marcaram essa fase. Mas, para surpresa de Pixinga, ele foi bem recompensado financeiramente.

Um Ano de Imersão Total
Com o dinheiro ganho na turnê, Pixinga tomou uma decisão radical: dedicar-se integralmente ao estudo do baixo. Trancou-se em casa por um ano, praticando 18 horas por dia. Qual seria a rotina diária de um estudo tão intenso?
* Manhã: Exercícios de técnica e leitura musical.
* Tarde: Estudo de repertório e improvisação.
* Noite: Prática com playalongs e análise de performances de outros baixistas.
Ascensão Rápida e Sucesso Precoce
A dedicação valeu a pena. As conexões do pai o ajudaram a alavancar sua carreira. Logo, Pixinga já estava gravando com maestros renomados, como Nelson Ayres e César Camargo Mariano.

Em 1980, começou a trabalhar com o cantor Gessé, entrando de vez para o mercado fonográfico. Em 1988, já integrava o Free Jazz.
De Acompanhante a Artista Solo
Acompanhando Grandes Nomes
Pixinga teve a honra de tocar com grandes nomes da música brasileira, como Gal Costa, Evandro Mesquita, Ângela Rô Rô e Jane Duboc. Inclusive, ele participou da gravação da música “Brasil”, de Gal Costa.
Abraçando o Papel de *Sideman* e Indo Além
Apesar de gostar de acompanhar cantores, Pixinga sentia a necessidade de ir além. Tornou-se um músico de jazz, professor e formador de opinião.
Pioneirismo na Educação Musical
A Inovadora Videoaula

No início dos anos 90, Pixinga criou sua primeira videoaula. Na época, não existiam muitos recursos educacionais para baixistas. O sucesso da videoaula foi estrondoso e teve um impacto enorme na cena musical brasileira.
Construindo uma Escola e uma Carreira Sólida
Pixinga abriu uma escola de música na Penha, chamada “Baixo Mania”. Lançou 44 álbuns e fez turnês pelo mundo todo. Chegou a dar aulas de slap bass em um curso com professores de Berklee, em Boston.
Você pode encontrar mais informações sobre os cursos e trabalhos de Celso no site oficial www.celsopixinga.com.br

O Poder do Instagram
O Instagram mudou a indústria musical. Mas, como Pixinga ressalta, é preciso ter cuidado com a superficialidade e a busca por fama instantânea.
As Armadilhas da Gratificação Instantânea
A falta de conhecimento e experiência são os principais problemas da busca por fama a qualquer custo. Pixinga critica os vídeos de *coaching* de indivíduos inexperientes.

A IA como Ferramenta vs. Ameaça
Pixinga discute os potenciais benefícios e os riscos da inteligência artificial na música. Ele acredita que a IA não consegue replicar a emoção e a experiência humana.
A Importância da Banda
O Exemplo de Justin Timberlake
Pixinga compara o tratamento dado aos músicos em shows internacionais com o que acontece no Brasil. Ele elogia a postura inclusiva de Justin Timberlake, que valoriza e respeita sua banda.

A Realidade Brasileira
No Brasil, infelizmente, a realidade é diferente. Falta respeito e valorização aos músicos. Pixinga compartilha histórias de bastidores que ilustram essa triste realidade.
Anedotas de Desrespeito
* Cantores que não interagem com seus músicos.
* Produtores que desvalorizam o trabalho dos instrumentistas.
* Músicos mal remunerados e explorados.

Os Conselhos de Pixinga
Para Músicos Aspirantes
Humildade, generosidade, dedicação aos estudos e discrição são os pilares para uma carreira de sucesso. Acima de tudo, respeite o próximo e mantenha os pés no chão.

Agradecimentos Finais
Pixinga agradece à equipe do IS WE Podcast, à sua esposa Rita e ao seu filho Marcelo.
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