Alexia Loren Revela Segredos de Sua Carreira no IS WE Podcast
O IS WE Podcast voltou com uma conversa que vai além das músicas e apresentações. Desta vez, a entrevistada é Alexia Loren: cantora, compositora, atriz, modelo, influenciadora e uma presença forte da cena musical de Brasília. O bate-papo, conduzido por Guilherme III e o carismático Rafa Lima, traz um tom descontraído, carregado de sinceridade e momentos que revelam o lado humano dessa artista que vai conquistando seu espaço. O principal objetivo do programa é mostrar que o novo existe, que tem muita coisa boa surgindo fora do que a mídia tradicional apresenta.
Alexia não é só voz e talento. Ela é uma figura cheia de histórias, risadas e desafios que moldaram sua trajetória. Ao longo da entrevista, fica claro como suas raízes, família e vivências se misturam na música que ela cria. Para quem quer acompanhar esse papo animado e cheio de energia, é só assistir no canal IS WE TV e mergulhar nessa conversa imperdível.
Infância e Formação Musical de Alexia Loren
Desde pequena, Alexia já demonstrava curiosidade e vontade de explorar o mundo. Entre seus sonhos de infância estavam ser veterinária ou bióloga. Ela se lembra de como gostava de observar formigas, girinos e brincar na rua, típica da vida na roça. Sendo a filha mais velha de três irmãos, criada num ambiente simples e evangélico, enfrentou altos e baixos, especialmente pela relação geracional com seu pai pastor.

A música sempre esteve presente em sua vida, com forte influência da sua mãe, que é cantora gospel, e dos tios músicos. Alexia começou a cantar na igreja aos 3 anos de idade, participando do coral e acompanhando os passos musicais da família. Foi nesse ambiente que ela encontrou o primeiro palco e o incentivo para seguir na arte. Podemos destacar:
- Mãe cantora gospel e incentivadora
- Tios músicos que ajudaram a criar o DNA musical
- Primeiros palcos na igreja, desde a infância
- Relações familiares e respeito construído ao longo do tempo
Alexia passou parte da infância em Brasília, com raízes profundas em Minas Gerais, onde morou entre os 13 e 14 anos. Ela carrega lembranças intensas dessa época: brincadeiras de rua, carrinho de rolamento e a crítica direta à ideia de que jovens da atualidade seriam somente conectados a aparelhos e pouco presentes na rua. Sua fala é autêntica, cheia de memória afetiva e autenticidade — sem perder o tom de humor para falar do sotaque mineiro e das expressões locais que ainda deixa escapar.
Adolescência, Rebeldia e Descoberta do Rock
A adolescência trouxe grandes mudanças para Alexia — não só pessoais, mas também musicais. A perda precoce da tia Ruth, cantora e uma espécie de ícone na família, abriu uma porta para o rock e o metal. Alexia conta como descobriu, por meio de objetos guardados pela avó, CDs com bandas como Sepultura e Scorpions, imagens de sua tia com estilo forte, macacão de vinil e batom vermelho. Tudo isso parece um choque para a família mais conservadora, que não aceitava maquiagem ou brincos em casa.
Essas mudanças mexeram com o ambiente familiar. A própria mãe, preocupada com o novo gosto musical da filha, chegou a levar Alexia para orar na igreja, temendo que o rock fosse um mal. Até o exorcismo entrou na história, com as orações para afastar o “diabo na cabeça”. Alexia lembra das risadas nervosas e dos olhares desconfiados dos adolescentes da igreja, que a viam como alguém diferente.

A rebeldia da adolescente também passou por experiências como a primeira maconha, vivida durante uma mudança para Minas Gerais, onde ela foi morar com o pai para “cortar” amizades ruins. O episódio do jantar em família, no qual Alexia chegou com cheiro de maconha e acabou sentando no chão para evitar constrangimentos, é contado com humor e sinceridade. Ela recria o momento, os olhares e a tensão, sem perder o tom leve, revelando o lado humano por trás dos conflitos familiares e sociais que enfrentou.
Início da Carreira Musical e Primeiros Passos na Composição
Alexia diz que compõe desde os 15 anos, mas que no começo tudo era apenas um desabafo, sem muita pretensão. A música “Raça Humana”, que hoje marca sua carreira, nasceu durante um dia de queimadas e muita fumaça, que despertou nela uma revolta contra a destruição e a indiferença. Queria uma canção que fosse crítica, com impacto e que mostrasse seu pensamento, fugindo das letras tradicionais sobre amor e paixão.
A produção de “Raça Humana” foi uma jornada complicada. O primeiro produtor sumiu com o dinheiro e deixou apenas algumas referências sonoras. O segundo, apesar de ser profissional, não respeitava as ideias dela e criticava sua voz, chegando a dizer que ela não servia para ser cantora. Alexia quase desistiu, mas o suporte do guitarrista e de um novo produtor, Shake (baterista da banda Bruxax), ajudaram a dar forma à música. A canção virou, nas palavras dela, um “Frankenstein” — uma mistura de esforços, experiências e tentativas.

Outro ponto marcante foi a participação no baixo de Xisto, do Sepultura, fruto de uma amizade construída com cuidado para não parecer interesseira. O guitarrista Alexandre (Alê), amigo fiel e aventureiro, também foi essencial no processo. Essa trajetória, cheia de altos e baixos, mostra como um sonho precisa de força, paciência e suporte para virar realidade.
Experiências com Banda e Shows: Histórias e Curiosidades
Antes de consolidar sua carreira solo, Alexia teve sua primeira banda autoral, que ganhou destaque em Brasília com a música “Sociedade Capitalista”, premiada no Brasília Independente em 2015. A banda contava com a flautista Mônica e enfrentou desafios típicos do começo, como rivalidade com a vocalista anterior e a necessidade de esconder a idade verdadeira para poder tocar.
Entre as histórias mais divertidas está a festa de ensaio que virou uma grande confusão. Alexia conta como, bêbada e sem perceber, ficou enrolada num tapete, enquanto seu então namorado (e hoje ex-marido) tomou conta dela, gerando confusões com a banda. Essas passagens mostram o lado leve e humano da vida artística, onde erros e excessos fazem parte do aprendizado.

Hoje, Alexia tem uma banda formada para seu primeiro show de lançamento, marcado para o dia 26 de julho na Infinu em Brasília. A formação conta com Júnior no baixo, Daniel na guitarra, Lucas na bateria, David no teclado e Bety Vinil na percussão, além da flautista da primeira banda em participação especial. O repertório inclui influências como Rita Lee, Pitty e Mulamba, mostrando preocupação em trazer uma crítica social e a força do feminino para seus shows.
Mensagens e Reflexões para Novos Artistas e Fãs do Rock
Alexia fez questão de deixar uma mensagem importante para quem está começando. O segredo, segundo ela, é acreditar no próprio potencial, correr atrás dos sonhos sem pisar nos outros, e ser autêntico. Essa autenticidade é o que diferencia um artista de verdade.
Ela destaca também o momento atual do rock no Brasil, apontando que o gênero está “velho” e que a nova geração precisa assumir o legado. O convite é claro: jovens músicos, envolvidos e com energia, estão prontos para dar continuidade ao que o rock representa. Alexia reforça que a energia da juventude e o frescor são essenciais para manter o gênero vivo e relevante.

“Acreditem no potencial de vocês, acreditem no sonho. Tudo é possível com autenticidade.”
Divulgação e Participação em Eventos / Redes Sociais
O próximo passo da carreira de Alexia envolve o show de lançamento de “Raça Humana” em Brasília e a participação na feira Conecta Música 2024 em São Paulo — evento que reúne milhares de músicos, produtores e profissionais da indústria musical. A feira é uma chance para networking, aprender e mostrar o trabalho para um público qualificado.
Quem quiser acompanhar Alexia Loren pode encontrá-la nas redes sociais, principalmente no Instagram como @alexialorendias, além de suas plataformas digitais, onde a música “Raça Humana” já está disponível para ouvir. Novos lançamentos estão a caminho, incluindo a faixa “Meu Esconderijo”, também de autoria dela.

Parcerias importantes, como a com a produtora audiovisual Marketing Animado e a Rúbulo, empresa que fabrica copos licenciados, apoiam a carreira da artista, mostrando como o trabalho em rede acontece na prática para fortalecer projetos artísticos.
Encerramento com Palhinha e Considerações Finais
O podcast ainda contou com um momento especial: Alexia cantou a capela o refrão da música “Raça Humana”, deixando claro o impacto que sua voz consegue causar mesmo no formato mais simples. A força da canção e a verdade que ela carrega se mostram ainda mais vibrantes quando expressas ao vivo.
Esse episódio do IS WE Podcast foi uma oportunidade única de conhecer a história real de uma artista persistente, cheia de personalidade e que já supera diversos obstáculos para seguir fazendo música de qualidade. Mais que isso, é uma inspiração para quem luta para construir seu caminho, mesmo quando tudo parece difícil.
A trajetória de Alexia Loren ajuda a mostrar que, no fim das contas, o que importa é persistir, ser verdadeiro e não perder a vontade de criar e se expressar. Para os fãs de música brasileira, e especialmente do rock nacional, essa história renova a esperança e celebra o futuro de um gênero que precisa de vozes novas, como a dela.